Perdida na Encruzilhada

Me perdi entre as "Quatro Paredes" de Jean Paul Sartre, num profano e quase eloquente desespero de achar o que estava perdido, de encontrar a mim mesma, de descobrir minha real identidade, com o suor pegajoso escorrendo pela pele e ao mesmo tempo o pavor incontrolável de despir-me de mim mostrar e mim vê como sou, então mim vejo em uma encruzilhada porque foi isso o que eu sempre quis, a cara limpa da realidade, sem enrolações e hipocrisias,  sem falsas cortesias, quis vê as mascaras no chão, as pessoas nuas "feito minhocas", simples assim. É engraçado ouvir  que "o inferno são os outros", se o verdadeiro inferno somos nós mesmos, chega ser estranho quando digo não mim importar com a opinião alheia, mas eu sinto vergonha, ai eu mim pergunto: - Vergonha de que? De quem?, Se sou indiferente a opinião delas não deveria mim envergonhar de nada, não deveria me sentir repelida pelos seus olhares cegos, seus julgamentos incertos, suas palavras que não e dizem nada, o fato é que estamos amarrados a tais opiniões, tão acostumados que fazemos questão de ouvir o que o outro tem a dizer a nosso respeito. 

Traduzindo um estado de espirito em uma das mais belas poesias do grande poeta Augusto dos Anjos. 

SOLITÁRIO 

Como um fantasma que se refugia 
Na solidão da natureza morta,
Por traz dos ermos túmulos um dia,
Eu fui refugiar-me a tua porta!
Fazia frio,
E o frio que fazia não era esse que a carne nos confronta,
Cortava  assim como em carniçaria 
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não viestes vê minha desgraça !
E eu sai como tudo repele
-Velho caxão a carregar destroços, 
Levando apenas na turbar carcaça 
O pergaminho singular da pele 
E o chocalho fatídico dos ossos.

                              (Augusto dos Anjos)

LUTO

Ao meu irmão que foi o meu ceuzinho estrelado nos últimos tempos, criaturinha que mesmo distante se fazia presente em minha vida, lamento não ter sido uma irmã cuidadosa, lamento não ter te ensinado a também dar rasteiras na vida, eu sinceramente lamento, tu seras sempre meu pequeno grande irmão, minha estrelinha brilhante como você costumava mim chamar, desculpe não ter conseguido cumprir a promessa que fiz a você, de que você seria um grande musico, te amo muito e eu sei que você sabia disso.
Obrigada Jorginho por ter sido uma pessoa tão maravilhosa.
Obrigada meu irmão, descanse em paz!!!

Livro de Cabeceira

Ilusões foi o primeiro livro sem ilustrações que li, aos 8 anos encontrei-o jogado em uma caixa com outros velhos livros de minha mãe, e desde então ele se tornou quase que uma bíblia pra mim, me acompanhando nos momentos mais difíceis de minha vida. 
Conhecidencia ou não Ilusões esteve presente nas paginas mais difíceis de minha existência, mim ajudando a tomar decisão importantes, depois que conheci seu conteúdo comecei a mim questionar sobre tudo que mim parecia certo, seu autor Richard Bach tenta nos mostrar que nem tudo o que podemos ver é concreto, pode parecer contradição, ou pura tolice de quem se julga esperto mas não é quando paramos para analisar a nossa vida  e damos de cara com as armadilhas que nossa ignorância ou cegueira espiritual nos prega.
                                 
"O que a lagarta chama de fim do mundo, o mestre chama de borboleta" (Richard Bach)

Desamor ~

Ontem acidentalmente ouvir alguém dizer "Eu te amei", e confesso que essa frase mim incomodou, incomodou porque uma palavra tão forte e bela não tem mais peso algum, hoje todo mundo ama e desama a toda hora, sinceramente eu não acredito que se possa amar alguém sem um conhecimento prévio de seu contexto de vida, suas qualidades, crenças e defeitos adoráveis, mas acredito que possa haver atração, carinho, paixão que durante seu crescimento conduzindo ao tão raro e desejado, porque uma vez manifestado o amor enraizá nas veias, crava-se no coração como um parasita, e permanece pra sempre feito tatuagem sobre a pele, ou uma escultura entalhada na rocha, porem seu sentido vem sendo deturpado, como se ele fosse um mero estado de espirito, o verdadeiro amor resiste a todas tempestades, vendavais e furacões, porque ele é completo por si só, porem sua essência esta sendo transformada nesse amor cliché e precipitado que estamos acostumados a ver propagado por ai.

Amor muitos usam e poucos sentem.

Encanto

Vila Tarsila é um espetáculo de dança apresentado pela Cia. Druw, e inspirado nas obras de Tarsila do Amaral, um verdadeiro encanto aos olhos, com um toque delicado das artes plasticas o espetáculo da vida ao Abaporu,  chamando a atenção também pelos  movimentos corporais muito graciosos por sinal.  
Vila Tarsila é além de tudo um espetáculo completo, com tracos bem leves e infantis ele encanta e nos convida a dar um passeio pela infância da grande artista Tarsila do Amaral onde as brincadeiras de roda e a curiosidade de uma criança eram presentes, em uma mistura de danças, musica, formas e muita brincadeira, eis o tipo de espetáculo que poderíamos assistir durante uma noite inteira e não se cansar.

Pacto de Sangue

Pacto de sangue de Billy Wilder lançado em 1944 é considerado como um dos principais filmes do gênero film noir, baseado em um fato real. Com um cenário escuro e melancólico, o filme conta a historia de Phyllis mulher ardilosa e dissimulada, que seduz Walter um corretor de seguros, convencendo-o a assassinar o marido, apos ter-lo feito assinar uma apólice de seguro milionário sem que ele próprio soubesse o que estava assinando, todo crime é minuciosamente planejado a parecer ter sido um acidente de trem, 
O filme começa com uma confissão de Wilder retomando em flech beck toda a historia, que ficou para trás, a seu chefe e melhor amigo Keys. 
Outro ponto interessante é que Hollywood na época se encontrava sobre uma forte pressão do código hays que censurava a mostra de cadáveres, cenas de sexo e etc, porem mesmo assim  Wilder conseguiu de uma forma irônica incrementar todos esses elementos sem expor em imagens.

Nua e crua ~

Sinto que preciso matar algo dentro de mim, também sinto que esse algo está agonizando aos poucos, feito um lobo salvagem em seu ultimo suspiro, sua morte não é uma questão de escolha, ela é necessária para que  eu renasça das cinzas como a Fênix. 
Hoje aproveitando a solidão de um dia entediante como outro qualquer, sentei em um banco de praça para observar as pessoas, todas passam umas pelas outras, subindo e descendo automaticamente como robôs, encarceradas em seus mundinhos hipócritas, seguindo os mesmos caminhos, fazendo as mesmas coisas monótonas, alguns ainda se dão ao trabalho de repetir um "bom dia" automático ou forcam um sorriso vazio. Somos todos marionetes sendo controlados pelas mãos gigantescas de uma sociedade hipócrita.
Quero arrancar as mascaras, quero ver as pessoas despidas como elas são, quero a sinceridade do "não fui com a sua cara" do " o seu batom ta borrado" a ter que suportar os olhares de repulsa, com conceitos que foram impostos pelos outros, quero o adeus não dito, quero o beijo roubado, o abraço sem permição. Porque tentar camuflar a vida real com fantasias de filmes note americanos, se a graça esta na essência de ser como ela é, nua e crua, porque inventar uma beleza que não existe? Será que o que se parece belo aos nossos olhos é mesmo tão belo assim? Pra que falar em mascaras se todos sem exceções as usam, pra que falar em ética, moral, bons costumes se é tudo plantado mecanicamente e nada existe de fato, estou cansada de tantas teorias, eu quero a cara "feia" da realidade, quero abraçar sem medo, beijar a face de quem mim faz bem sem constrangimentos, quero dizer que amo sem rejeição, quero comer brigadeiro de panela com a mão sem parecer mal educada, quero viver sem repressões, quero quebrar as correntes, romper os casulos.
A ditadura já acabou!!!

Apenas uma Diversão 

Ontem a noite fui assistir a peça "Brigitte Confidencial", um monologo com caráter meio circense, ate que foi apropriado para o meu estado de humor, confesso que mim fez ri, mas  não passou disso, da monótona improvisação, e se não era um improviso pelo menos foi o que pareceu. 

Desabafos Tristes

Eu queria seguir, seguir em frente,  indiferente, sem olhar para traz, eu queria esquecer, queria viver, reviver, não mais lembrando, não mais sofrendo por tolices, não queria ser sensível, digo e repito que não sou, mas a quem eu estou enganando? se coisas tão pequenas mim ferem, eu simplesmente não consigo esquecer quando já se tornou inesquecível, eu posso cantar o mais alto que minha gargante permiti, incomodar os vizinhos com o choro do meu violão, gritar, rodar a casa procurando o que fazer ou fazer de novo o que já fiz pra abafar a dor, pra que vejam o meu riso, mas o que adianta se ele é vazio. Eu queria saber o que é ser amado, o que é ser cuidado, eu queria entender que raios é amizade, daquelas que ficam e nos acalentam, não as que passam como brisa fresca e vão embora, como se nunca tivessem existido.
Entendo e não critico porque tantas pessoas escolhem a morte como ponto de refugio, ela é calma, pacifica, mas também existe esse maldito instinto de sobrevivência, essa covardia que insiste em mim pegar pelo pé, o apodrecimento do corpo não é, e nunca será a única forma existente de morte, as palavras, as atitudes, a maldita indiferença todas elas tem um poder bem maior de nos matar por dentro, assim aos poucos, sangramos até a morte e não há remédio nem curativos que resolvam, definhamos pouco a pouco, cada dia mais. 
Do que adianta ser apenas um corpo vazio a vagar por ai? Se a alma já não existe, ser apenas um peso a mais sendo equilibrado pela gravidade terrestre, apenas um vulto a passar pelas sombras da descrença. 

Absorvendo Cultura

Ontem a noite fui assistir ao espetáculo "Itanhy- A Morte da Alma" do sergipano Hunald Fontes de Alencar. Bom! No inicio confesso ter ficado meio perdida com relação ao que estava se passando no palco, porém depois de uns cinco minutos de espetáculo, fomos tragados para dento desse universo louco e contraditório que é a disputa de poder entre as forças politicas e a luta da classe operaria. Ouso dizer ainda que mim surpreendeu as cenas de drama, tortura e repressão nos dando a impressão de estar assistindo a um dos filmes de Cassavetes.

Inspiração 

Alguma pessoas dizem que fonte de inspiração não existe, eu literalmente não concordo, pois já passei horas com uma falha de papel em branco sem conseguir fazer nada, em outras nem preciso de uma folha de papel, as forma e contornos se fixam na mente, e só se afastam de mim quando as tenho concretizado em forma de desenhos ou palavras.
Pra mim inspirar alguma coisa tem que mim tocar, tem que ir lá no mais fundo das profundezas de minha alma e mim mostrar o que talvez eu não consiga ver a olho nu. Coisas mim inspiram, pessoas muito raramente mas confesso ter sido tragada por uma inspiração avassaladora em um certo par de olhos misteriosos, que penetraram em minha alma, fazendo transbordar de mim uma coragem que eu nem sabia que existia.

Lagrimas 

Lagrimas são apenas gritos desesperados da alma, são rasgos sangrentos que nos despedaça por dentro sem a nossa devida permissão, elas escapam em um vão momento nos obrigando a  dizer para os outros que é uma alergia qualquer, uma irritação, quando na verdade quem está irritado é o coração, irritado e cansado, de ser tratado como coisa insignificante e invisível, como diz o grande poeta Augusto dos Anjos "um fantasma que se refugia na sombra", então entramos em um dilema, será melhor se afastar de tudo o que nos faz bem e nos deixar levar pelo acaso? Será que o contrario é tão ruim assim como dizem?  Como ser feliz se tudo que nos faz bem acaba nos magoando, nos machucando? Como saber se tudo na vida é uma grande contradição!

Menina Miúda~

Para falar de encanto resolvi falar um pouco de "Menina Miúda", espetáculo dirigido e escrito por Euler lopes e apresentado pelo grupo sergipano A Tua Lona. 
A historia gira em torno de Constância menina apaixona, que se faz de difícil, e um tal de Zé, jovem galanteador que faz de tudo para conquistar a amada,  envolvendo a plateia em um emaranhado de sentimentos um tanto, romântico e gracioso, e tudo isso misturado com um jeitinho nordestino de ser, o que nos lembra as tão famosas e encantadoras historias de cordel.
A peça montada ao ar livre, nos traz a nostalgia das casinhas de interior, com varias janelas e flores no quintal, o que aumenta ainda mais a sua beleza, outro ponto marcante é a sintonia entre os atores e a interatividade com a plateia, o que prende nossa atenção e nos faz pedir bis.

Mais uma do palco giratório

Hoje foi a  vez da peça "O Amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas", apresentado pela trupe "Ensaia aqui e acolá" de Pernambuco, é uma peça construída em cima da estética do circo-teatro e conta a historia de uma moça que se apaixona por um certo Leandro Dantas, romance esse que não é aprovado pela família dela, que quase a obriga a casar-se com um primo metido a espertalhão, porém é ai que entra a parte mais cliché e a mais importante também, o amor, eita bichinho tinhoso de teimoso, e é graças a ele que a família foi salva, e o priminho espertalhão desmascarado.
Essa peça possui um certo equilíbrio entre o serio e o cômico misturando amor, ambição, musica e dança e tudo delicadamente e milimetricamente organizado, tem também a leveza dos atores em cena, o que nos encanta e fascina, prendendo nossa total atenção e deixando no fim do espetáculo um gostinho de quero mais.

Quando a Luz Apaga

Ontem a noite fui assistir ao espetáculo de dança "Quando a Luz Apaga"  que faz parte do projeto Palco giratório do Sesc.
O espetáculo começa com uma suposta bailarina e seus movimentos leves e graciosos no escuro, o que inicialmente lembra "A Morte do Cisne", porém em uma fração de segundos a suposta bailarina se transforma em uma espece de monstro esquisito, e assim segue o espetáculo com figuras escabrosas, e movimentos corpóreos muito bem elaborados, o que nos remete a loucura humana e suas crendices.
Ouso dizer ainda que este espetáculo muito inspirador por sinal, nos leva a um passeio pela mitologia  grega, ao oberarmos uma figura que mais lembrava a Medusa e seus belos cabelos de cobra. Outra coisa curiosa é a forma como somos arrastados para dentro do espetáculo, não apenas pelos efeitos especiais mas também pela aproximação dos atores com a publico, nos surpreendendo e nos confundindo os olhos quando os atores se infiltram na plateia, com as luzes apagadas e começam a piscar com lanternas em diferentes pontos.
Espetáculo muito inspirador...

Desabafos!

Vivo de momentos, instantes estraçalhados que mim aguardam no canto da estante vazia, retalhos de historias perdidas, cacos quebrados de historias inexistentes, mim reviro do avesso, mas o que diz minha outra metade? Um lado sem rosto que habita no preto e branco de uma fotografia qualquer.

Casamento suspeitoso

 Quem mim conhece sabe muito bem que eu particularmente não gosto muito de comedias, pelo simples fato de que na maioria das vezes as pessoas apelam para a vulgaridade, como se tudo que fosse engraçado precisasse ser vulgar. 
Bom mas falando da peça de Ariano Suassuna uma comedia muitíssimo engraçada, Casamento Suspeitoso é uma das pouquíssimas peças que assisti que flui de uma maneira natural, sem exageros eu diria até que inocente, até porque o Geraldo ele carrega uma certa inocência com relação a noiva Lucia que só quer se casar por interesse, é fato que a sacanagem faz parte da vida e tem que ser discutida tanto no teatro como no cinema, porém na minha opinião quem trabalha no meio deve tomar cuidado, para que os exageros não virem pornografia, e o interessante do Casamento Suspeitoso é justamente essa moderação, até as "insinuações" do Gaspar são leves e cômicas e consequentemente nos arrancam a gargalhada.
A metamorfose ela faz parte do ator, ele se transforma, se reinventa, se renova o que é muito importante, mas sempre mantendo a alegria e a satisfação, o ator que consegue brincar em cena, brincar com sigo mesmo, com o personagem ele consegue romper a superficialidade tornado tudo mais leve, e essa foi a maior característica que pude observar.  

Floresta dos Lamentos

Filme de Naomi Kawase lançado em 2007 que aborda o luto de uma forma um tanto magica eu diria numa mistura de dramaticidade e poesia, a câmera rodopia por entre as paisagens nos levando junto com ela para dentro do filme, nos levando a sentir todas as emoções que nos chocam e nos acalentam. 
O filme nos leva para dentro de uma floresta, a floresta dos lamentos, a floresta de nossas almas, com coisas belas mas também com coisas podres e estraçalhadas e como diz uma das personagens "não existe uma forma definida" o que existe são apenas o corpo e a mente, se você come você esta vivo mas você pode também não se sentir vivo. 
O Sr. Shigeki e Machik correm, se diverte em quanto uma cuida o outro precisa ser cuidado há afeto, interação, paciência e carinho. Filme realmente encantador.

Falando de Teatro

 Vamos falar um pouco da espetacular Ópera de Pequim que foi criada em 1970 como entretenimento apenas pra as famílias reais, mas logo tornou-se publico agradando a todas as classes sociais. A Ópera de Pequim é uma mistura um tanto peculiar de musica, dança, literatura e pinturas faciais, com uma maquiagem e figurinos únicos, as peças apresentadas são baseadas em lendas e contos chineses, sempre guiados por instrumentos musicais tradicionais. 

O espetáculo apresenta na maioria das vezes quatro personagens principais, o Sheng (masculino), Dan (bela moça), Jing (cara pintada masculino) e o Chau (palhaço), as cores destacados nos rostos determinam o caráter de cada personagem exemplo o branco significa mentira, o preto atrevimento e assim sucessivamente. Essa magnifica obra tornou-se uma das maiores manifestações culturais da China assim como o carnaval é para o Brasil.

Pessoas Sem Rosto

Hoje todo mundo ama, todo mundo e é tão normal falar disso, virou moda falar em ética, em moral, em bons costumes, e ao mesmo tempo é tudo tão ridículo, tão egoísta, tão individual, sim individual! Dizem que amam hoje, amanha metem uma bala na cabeça de quem dizem amar, ou simplesmente fingem que não conhecem a pessoa. Falam em respeito, em bons costumes, mas só na teoria, porque a pratica essa nunca existiu. 
Andamos pelas ruas e vemos pessoas sem rostos, em um vai e vem desenfreado, ninguém fala com ninguém, viraram escravas de suas próprias regras hipócritas, onde fugir dos padrões ditados pela sociedade significa ser rebelde, revoltado, onde pessoas fingem ser o que não são para se encaixar nesse mundo louco, para serem aceitas no meio em que vivem, mas no fundo são pessoas secas usando mascaras iguais, fingindo serem normais onde nada mais é normal. Pois eu não sou normal, nem faço questão de ser aceita, só quero ser eu e o resto foda-se.

Falando de Arte 

Quem gosta de arte como eu devia dar uma olhada nas obras dos artistas Danilo Kato e Tom Bagshaw. 

Danilo Kato = é um artista mineiro, tendo como inspiração a arquitetura barroca, o surrealismo e o mangá, ele   transita do dramático ao natural carregando suas telas com muitos detalhes, misturando elementos orientais com ocidentais.

Tom Bagshaw = Suas delicadas artes que possuem um suave toque pictórico, são no geral  criações digitais. Na maioria das vezes seus desenhos mostram mulheres olhando para fora da tela causando um certo impacto ao publico, que se sente atraído por um suposto olhar desafiador , o humor negro também faz parte de suas obras o que realça ainda mais sua beleza.

Fugindo um pouco dos assuntos geralmente comentados:

- Super, Hiper, Mega FELIZ ( Raridade ), chegou hoje a capa de almofada do Hyun Joong. 

Hyupiiiiiiiiiii :)

Há pouco tempo cheguei a triste conclusão que tudo o que nos cerca é uma grande mentira, salvo raras exceções, passamos o tempo fingindo, vivendo em  uma falsa sociedade mascarada e cheia de egoístas, fingimos ajudar os outros, ou tentamos demonstrar uma falsa solidariedade quando no fundo tudo o que prevalece é o EU, "Eu quero, Eu sou, Eu posso, Eu vou. É fato que depois de toda tempestade a vida sempre continua, "CONTINUA" mas não muda, porque na maioria das vezes não aprendemos nada, e voltamos pra nossa vidinha hipócrita de sempre, e sabe porque? Porque lá no fundo somos tão cruéis quanto uma Águia, que rasga a carne de sua presa e bebe seu sangue quebrando-lhes os ossos, e depois alça voo como se nada tivesse acontecido, assim somos nos meros humanos despresiveis, monstros que enchem a boca com palavras bonitas, chorando meia duzia de falsas lagrimas fingidas, e se acham no direito de exigir alguma coisa do outro.

Um Litro de Lagrimas 
Filme japonês baseado em um fato real, dirigido por Msanori Murakami e lançado em 2005, é um filme meio curioso, pois começa pelo final e termina encontrando o inicio, mas não estou aqui para falar da estrutura do filme que por sinal é belíssima e daria um outro post, mas para falar da historia que é muito comovente.
 Na verdade toda a historia é tirado de relatos feitos pela própria Aya em seu diário desde o inicio de sua doença, quando aos  15 anos descobre que sofre de uma doença chamada de " Degeneração Epinocerebelar" (Doença que afeta o cérebro regredindo-o) desde o inicio da doença  até sua morte ela vai perdendo todos os seus movimentos, tendo serias dificuldades de andar, falar e ate mesmo comer, mas mesmo assim, sofrendo e chorando calada ela era "feliz", ela ria, e sempre mantinha os pensamentos mais otimistas possíveis, fazendo questão de ajudar as pessoas mesmo não podendo se ajudar, com certeza essa menina foi e sempre será um exemplo de coragem e determinação, tendo ela se esforçado até o fim, mantendo a disposição que só uma guerreira poderia ter.
Este filme me fez chorar mais de um litro de lagrimas:

Teatro~
Poucas coisas me fazem bem de verdade, pois onde quer que eu vá sempre me sinto meio deslocada, como se eu não me encaixasse bem em lugar algum mas devo confessar que durante as aulas de teatro eu consigo me sentir viva, inteira mesmo que no inicio de cada aula eu me sinta um tanto estranha depois eu me solto, me acostumo, me renovo, me reinvento... 

O olho, a câmera!!
O homem com uma câmara na mão é um filme de Dziga Vertov lançado em 1929. Esse filme não contem um roteiro, as imagens são escolhidas aleatoriamente, é como se alguém andasse pelas ruas apenas observando, mas sem nada saber sobre a vida ou sentimentos de algum personagem, até porque ali todos são personagens sob a perspectiva do olho, da câmera que flagra tudo do nascimento a morte.
 Vertov mistura cotidiano com animação em um único filme.
uma coisa bastante interessante é que, ha momentos em que a câmera para dando a impressão de que a película esta arranhada em outras ela acelera, ha um momento curioso no entanto em que a câmera gira junto com a engrenagem, na cena também aparece um cara com uma câmera na mão filmando o cotidiano das pessoas o "filme grava um filme".
Vertov com certeza era um cineasta criativo e explorador pois até hoje não se há registros de uma obra prima feito "Um Homem Com uma Câmera".

Artes que me Encantam~
Hoje acordei meio entediada e resolvi dar umas voltas na net e encontrei uns artistas que muito me encantaram cada um com um estilo único, próprio mas muito gracioso e delicado.
Amy Sol = artista sul-coreana, ela combina mangá e folk art em madeira:

                                                                                                               
Audrey Kawsaki = artista plastica norte americana que mistura em suas obras sedução e inocência em telas de madeira, tem grande influencia da Art Nouveau dos europeus e dos mangás:

Suran Park = artista sul-coreana que criou o estilo que ficou conhecido como "enakei" mas o nome original da sua arte é "Jennie", são desenhos bem realistas com expressões pensativas e melancólicas:

Ladões de Bicicleta, filme de Vittorio de Sica lançado em 1948 é considerado um dos clássicos do neo-realismo italiano. Esse filme é rodado no período pós-guerra em que a cidade de Roma estava um caos, todos desesperados por emprego tentando reconstruir suas vidas.
O filme retrata um pouco do que acontecia na época, contando a historia de Antonio Ricci, um pai de família que compra uma bicicleta para ir trabalhar, mas é roubado, desesperado ele inicia uma verdadeira caça a sua bicicleta com o filho Bruno e seus amigos, pelas feiras clandestinas e nas ruas mas todas as tentativas perecem ser em vão. Com suas esperanças esgotadas e no cumulo do desespero ele rouba uma bicicleta qualquer e é pego.
Uma cena muito marcante é quando ele chega no primeiro dia de trabalho com a bicicleta no ombro como se ela fosse uma criança que necessitasse de cuidados especiais, a bicicleta para ele é mito mais que um instrumento de trabalho é a esperança de dar a família uma vida melhor.
Outra cena que muito chama atenção é quando Antonio Ricci sai vagando pelas ruas, com seu filho completamente envergonhado e desesperançado e fecha o filme ai. Sica tenta colocar no filme os fantasmas que assombram a Itália depois guerra.

Apologia ao Sexo


Ha algum tempo a trás estive aqui falando do filme "Cilada.com" de Jose Alvarenga Jr lançado em 2011. Bom! agora eu voltei para falar de "E ai comeu?" atual filme de Felipe Joffily, adaptação barata de uma peça teatral de Rubéns Paiva que tenta mostrar o dia-a-dia a partir do ponto de vista masculino.
O fato é que ambos os filmes são uma verdadeira apologia ao sexo, é como se a vida das pessoas girassem em torno de uma "trepada" e só, usando o vocabulário vulgar sitado o tempo todo no filme. Homens e mulheres viram objeto de consumo da industria barata do prazer, levando-os a de-teorização da moral e dos bons costumes, não estou dizendo que o sexo é ruim, não muito pelo contrario quando se há um sentimento por traz do ato, pode até ser magico e inesquecível porém o sexo por prazer apenas, gera uma sensação de uso, quero dizer é como se as pessoas fossem descartáveis como diz o capitão Jesuíno da telenovela Gabriela.
 Nos livramos da repressão onde as mulheres eram submissa aos homens e portanto eram obrigadas a fazer as vontades dos maridos ou camuflamos essa submissão com a modernidade e hoje usamos uns aos outros sem pudor?

Hoje estava ouvindo uma musica da Débora Blando e achei a letra dela perfeita.
La vai:


A luz que acende um olhar


A luz que acende um olhar
Vem das estrelas do meu coração 
Vem de uma força que me fez assim
Vem das palavras, lembranças e flores regadas em mim
O tempo pode mudar
A chuva lava o que já passou
Resta somente o que eu já vivi 
Resta somente o que eu ainda sou
A luz que acende um olhar 
Vem pelos cantos da imaginação
Vem por caminhos que eu nunca passei 
Como se a vida soubesse de sonhos que eu nunca sonhei
Vem do infinito, da estrela cadente, 
Do espelho, da alma, dos filhos da gente 
De algum lugar só pra iluminar
A força vem de onde eu venho
De tudo que acende e a vida calada 
Me olha e entende o que eu sou
Tudo o que é maior 
Vem do amor, vem do amor


A luz que acende um olhar 
Vem dos romances que viram poesia
Vem quando quer, se quiser, se vier
Vem pra se abrir e mostrar um amor que agente não via
Vem como um passe de pura magia
Como se eu visse, jurasse, que há tempos já te conhecia
Vem do infinito, da estrela cadente,
do espelho, da alma dos filhos da gente 
de algum lugar só pra iluminar
A força vem de onde eu venho
De que acende e calada 
Me olha e entende o que eu sou
Tudo quer maior 


Vem da luz que acende um olhar
Vem das Estorias que me adormeciam 
Vem do que agente não consegue ver 
Vem e me acalma 
Me trás e me leva pra perto de você
E me lava mais pra perto de você.

Algo como a felicidade é um filme tcheco de Bohdan Sláma, lançado em 2005.
A felicidade é tão relativa quanto a beleza, e procurar por ela pode ser algo inútil, da mesma forma que procurar pelo amor com certeza é algo inútil. Quando se procura por algo a procura em si, a expectativa, a ideia de como pode vir a ser nos cega e o que tanto procuramos pode estar debaixo dos nosso nariz e não percebermos porque estamos procurando pelo que achamos que poderia ser e talvez na realidade não seja e quando nos damos conta pode ser tarde de mais porque a felicidade o amor estava o tempo todo ali e não fomos capazes de ver porque na verdade estávamos procurando pelo imaginável a fantasia.
Alguns vivem felizes com tão pouco basta um prato de comida, e pronto, enquanto outros tem o mundo a seus pés e são tao infelizes quanto a própria infelicidade.
   Não se acha a felicidade ela é que nos acha!!!

Filme de Doris Dorrie lançado em 2008 é um filme "sereno", simples e ao mesmo tempo cheio de conteúdo, a historia passa da Alemanha ao Japão e trata de um casal de idosos apaixonados mas sem cair nos famosos melados clichés típicos dos filmes norte-americanos. 
Trudi descobre que seu marido Rudi esta a beira da morte sem contar nada para ele ela convence-o a visitar os filhos e netos que se mostram sem tempo nem paciência com eles, ironicamente Trudi acaba morrendo enquanto dorme arrependido por não ter realizado o sonho da esposa em ir ao Japão, ele viaja para lá e vai mostrar a cidade para ela, no parque onde acontece o festival Hanami (observar as flores) ele conhece Yu que ensina os truques do butô dança (criada por TaTsumi Hijikata na década de 1950 com fortes influencias expressionistas) pela qual sua mulher era apaixonada e juntos vão ver o Monte Fuji onde ele acaba morrendo.   
 O filme se encaixa na narrativa chamada de "memoria involuntária" e podemos ver isso na cena em que o filho ao comer um prato feito por seu pai lembra de sua mãe a cai aos prantos, uma coisa muito interessante também é que a câmera passeia livremente sempre mostrando os encantadores pés de Sakura mas sem perder o foco dos personagens, a atuação dos atores Hannelori Elsner e Elmar Wepper é impecável o sentimento passado através do olhar e das expressões corpóreas da a impressão de que eles interpretam coma a alma.

Enamore-se!

Não há nada mais enlouquecedor que a paixão, sentimento cruel e abrasador, uma mistura um tanto cômica de alegrias e sofrimentos, raivas e desejos, confusos no vão das coisas incertas, dos momentos perdidos, das loucuras sem sentido.
Apaixonar-se e mergulhar de cabeça em um mundo magico e incerto de clichês e contradições, é se achar ridículo e mesmo assim ser incapaz de controlar, a cachoeira de suor que sai das mãos, o coração acelerado feito escola de samba, as pernas tremulas.
 Mas o que seria da vida sem uma boa dose de aventura? Então quebre os espelhos, enamore-se quantas vezes for possível,  apaixone-se a cada dia, a cada fim de tarde, a cada sorriso perdido no meio de uma brincadeira.  O importante não é as decepções mas a ousadia. 
SARANGHAEYO!!!

Filme de Steven Silver lançado em 2010 mostra um drama real de um grupo de jovens repórteres Greg Marinovidh, Kevin Cater, Ken Oosterbroek e o brasileiro João Silva que tentam mostrar para o mundo através de suas lentes o caos das primeiras eleições livres na Africa do Sul após o fim do regime do Apartheid.
A narrativa é objetiva e clara, sem os clichés sentimentaloides tipico dos dramas Hollywoodianos, as cenas fortes falam por si só dando uma impressão real das brigas sangrentas dos zulus do partido Inkatha contra os militantes de Nelson Mandela, porem o filme ele não se aprofunda nas questões politicas resumindo-se apenas aos conflitos e  a vida arriscada dos repórteres. 
A composição do filme também é bastante interessante, o cenário, os atores, o enquadramento da câmera com imagens tremulas passa a impressão de que você esta vendo um noticiário em tempo real, que tudo aquilo está acontecendo em algum lugar do mundo.

  Cade os homens no balé?
Percebi a pouco tempo que nas inúmeras  academias de balé temos muitíssimas bailarinas mas pouquíssimos bailarinos culpa da ideia preconceituosa de que homem que dança balé ou que gosta da cor rosa é gay! muito pelo contrario séculos atras o rosa por ser considerada uma cor forte era também uma cor tipicamente masculina e o azul por ser considerada uma cor meiga era tipicamente feminina porém, a fértil imaginação humana criou lendas e isso foi invertido.
A dança principalmente o balé é bem mais eficiente para definir os músculos que muitas academias por ai, com a agrande vantagem de trabalhar corpo e mente ao mesmo tempo. Alguns pais não deixam seus filhos homens quando crianças dançar nem pegar em bonecas, dizem que meninos tem brincadeiras de meninos e meninas de meninas e com esse pensamento antiquado criam pequenos machistas, colocam muros invisíveis entre homens e mulheres dividem-os em " rosa e azul", e dizem que tal pensamento massificado faz parte da cultura; Pera lá com isso! cultura não, chega ser uma vergonha dizer que preconceito é cultura.

    Carrossel a nova novelinha do SBT, além de "inocente" contém uma grande carga educativa, eu particularmente não gosto muito de novelas infantis mas to amando essa.
     O mundo seria bem diferente e nossas crianças teriam uma educação melhor se todas as Professoras fossem como a Prof. Elena, aplicada, afetuosa, carinhosa... Carrossel é um exemplo de como deve ser uma escola de verdade.

  A União Faz a Força


  Robôs de Chris Wedge e Carlos Saldanha lançado em 2005 é um filme infantil muitíssimo bem elaborado diga-se de passagem não apenas na parte de animação e roteiro como também carrega em sua estética uma grande carga de "realismo" ao fazer uma ponte entre o imagético infantil e a realidade social, mostrando de uma forma divertida que nós pessoas normais  podemos sim nos unir e lutar contra as regras imorais impostas por nossos "superiores". O povo é sempre a maioria, o que falta é organização e senso critico, como diz o ditado popular " a união faz a força" e juntos podemos fazer a grande diferença.

       A Beleza Está em Toda Parte


     A beleza está em todos os lugares porém nem sempre nossos olhos mutilados pela imundície humana conseguem perceber o espetáculo que há por traz de cada momento insignificante.

Ultimamente tem sido um grande desafio desvendar as pequenas maravilhas ocultas que nos rodeiam na correria do dia-a-dia, pois até a  mais temível tempestade é bela em sua essência. Precisamos nos expandir e tentar enxergar muito além do que nossos meros olhos humanos possam ver, muito além da pura imagem, perceber o não dito e digo mais as vezes para curar a miopia dos olhos é preciso enxergar com a alma. 

 O Feio Pode Ser Belo


A questão de que o feio pode ser belo vem sendo discutida no cinema e na literatura há muito tempo , ouso dizer que antes mesmo do filme "O Homem Que Ri" de Paul Leni lançado em 1928 passando pelos clássicos da Disney "O Corcunda de Notre Dame" de Gray Trousdale lançado em 1996 adaptado de um romance de Victor Hugo e "A Bela e a Fera" de Jean Concteau lançado a primeira versão em 1991. 
É fato que a principio o feio nos causa uma certa repulsa, levando-nos muitas vezes a acreditar na falsa ideia de que tudo que é feio é "ruim". Mas o que é feio afinal? Uma vez um professor o qual não mim recordo no momento disse que "Nada é nojento, indecente ou imoral tudo é uma questão de interpretação" de fato porém estamos tão acostumados a falsa ilusão do belo, dos contos de fadas Hollywoodianos que é muito mais fácil enxergar apenas as aparências, fechar os olhos pra a realidade do que nos dar ao trabalho de ir mais além do que nossos meros olhos humanos possam ver, de tentar ir mais ao fundo, de buscar essa beleza que a principio nos passa despercebida. 

A Arte Tem Voz


 O  meu desenho, a  minha poesia são apenas uma forma de desabafo, já que "ouvidos" estão cada vez mais raros, é a voz  que todo artista encontra para aplacar a surdez humana, tentando faze-los enxergar a verdadeira face decadente da sociedade.
É bem mais fácil você encontrar por ai um saco de diamantes que pessoas para conversar, pessoas capazes de te entender sem julgamentos prévios, sem apontar o dedo e jogar na sua cara que você ta errado o tempo todo, afinal quem determinou o que é certo e errado? Em uma sociedade em que tá tudo de cabeça pra baixo, em que o individualismo é o "DITADOR" da vez e onde as pessoas se fazem "ESCRAVAS" de suas próprias regras hipócritas, por medo de romper o casulo, de quebrar as barreiras, de ir contra a moralidade de uma politica imoral que tenta a todo custo plantar nas pessoas a ideia de uma falsa justiça!!!