Traduzindo um estado de espirito em uma das mais belas poesias do grande poeta Augusto dos Anjos.
SOLITÁRIO
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por traz dos ermos túmulos um dia,
Eu fui refugiar-me a tua porta!
Fazia frio,
E o frio que fazia não era esse que a carne nos confronta,
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não viestes vê minha desgraça !
E eu sai como tudo repele
-Velho caxão a carregar destroços,
Levando apenas na turbar carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos.
(Augusto dos Anjos)
Olá!
ResponderExcluirMaria
Augusto dos Anjos
deve ser muito dolorido não ser notado, ninguém o atender.Se comparar a um "fantasma."
Obrigado!
Ótimo final de semana!
Beijos
ClicAki Blog(IN)FELIZ